Redação

O setor turístico, cada vez mais, demonstra ser um elemento crucial para o desenvolvimento econômico, social e ambiental. Eventos como o 2º Seminário Internacional de Direito do Turismo, realizado em Córdoba, evidenciam a necessidade de abordagens mais robustas e integradas para transformar o turismo em um verdadeiro motor de crescimento sustentável e inclusivo.

A pandemia de COVID-19 deixou um legado de lições e desafios que exigem soluções globais e colaborativas. A criação de ferramentas como o Código Internacional de Proteção ao Turista e o Observatório do Direito do Turismo para a América Latina e o Caribe são exemplos de iniciativas que apontam para a necessidade de regulamentações mais completas e alinhadas às dinâmicas globais. A ideia de tratar o setor como um ecossistema reforça a urgência de integrar aspectos ambientais, sociais e econômicos em um único plano estratégico e jurídico.

Por outro lado, o turismo não pode ser visto apenas como um negócio ou uma atividade de lazer. Ele tem o poder de transformar comunidades, reduzir desigualdades e promover a preservação cultural e ambiental. Contudo, isso só será possível com um compromisso coletivo que envolva governos, iniciativa privada, academia e sociedade civil.

A sustentabilidade e a acessibilidade são pilares centrais desse compromisso. A inclusão de populações marginalizadas, a adaptação de destinos para pessoas com deficiência e o respeito às comunidades locais precisam ser mais do que intenções: devem ser garantias legais e práticas comuns.

O reconhecimento de que o turismo sustentável é tratado de forma fragmentada em muitas legislações reforça a urgência de planos mais abrangentes. Um quadro jurídico sólido, capaz de antecipar e mitigar impactos negativos, é essencial para assegurar o equilíbrio entre crescimento e preservação.

A reflexão que o seminário deixa é clara: o turismo do futuro depende de ações colaborativas no presente. O setor precisa se transformar em um exemplo de inovação, equidade e respeito ao planeta, sendo não apenas um motor de economia, mas também um instrumento de transformação global.