Ataque de abelhas deixa quatro pessoas feridas e seis cachorros mortos em abrigo de Goiânia

Voluntários não precisaram ser hospitalizados e passam bem. Equipe do Centro de Zoonose foi enviada ao local para controlar a situação.


Por Rota Araguaia em 17/10/2024 às 07:09 hs

Ataque de abelhas deixa quatro pessoas feridas e seis cachorros mortos em abrigo de Goiânia
Foto: Arquivo pessoal/Isis Costa

Redação

 

Um ataque de abelhas africanas resultou na morte de seis cães no Abrigo dos Animais Refugados, em Goiânia, na quarta-feira (16). Quatro voluntários que tentavam socorrer os animais também foram picados, mas não precisaram ser hospitalizados. Uma equipe do Centro de Zoonoses foi enviada ao local após o incidente para controlar a situação.

Segundo a voluntária Isis Costa, o abrigo, que abriga cerca de 100 animais entre cães e gatos, possui duas sedes na cidade. O ataque ocorreu na unidade onde estavam apenas 15 cães. "Cinco cães morreram no local, e um que foi internado em estado grave não resistiu e faleceu no fim da tarde", relatou Isis.

Além das mortes, um cachorro chamado Radije fugiu assustado e segue desaparecido. Ele é de porte médio/grande, com pelagem rajada em preto e caramelo, e foi visto pela última vez nas imediações do bairro Jardim Vitória, próximo ao Oscar Niemeyer. O abrigo pede que qualquer informação sobre o paradeiro do animal seja encaminhada pelas redes sociais.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas, segundo a voluntária, só chegou cerca de uma hora após o chamado. A equipe auxiliou na remoção dos corpos dos cães.

Negligência das autoridades

De acordo com a diretora do abrigo, Rayza Araújo, o problema com as abelhas já havia sido reportado às autoridades anteriormente, mas nenhuma medida foi tomada. "Essa ajuda não veio, infelizmente, e hoje aconteceu o pior", lamentou Rayza. Ela conta que, em 25 de setembro, o primeiro ataque do enxame foi registrado, mas sem feridos. No entanto, mais de 10 ligações ao Centro de Zoonoses foram ignoradas. No início de outubro, outro ataque ocorreu, mas tanto os bombeiros quanto o Centro de Zoonoses novamente não compareceram.

Diante da omissão, os funcionários do abrigo organizaram uma campanha para contratar um apicultor, conseguindo arrecadar fundos para a remoção do enxame. Contudo, antes que o serviço pudesse ser realizado, o ataque fatal desta quarta-feira aconteceu.

O apicultor conseguiu remover o enxame após o ataque. "Ele nos disse que vai levar alguns dias para todas as abelhas deixarem o local e recomendou não retornar com os animais por pelo menos quatro dias", afirmou Isis.

Respostas oficiais

Em nota, o Corpo de Bombeiros esclareceu que atua na remoção de enxames apenas em casos de risco iminente, e que a responsabilidade pela remoção das abelhas cabe ao Centro de Zoonoses, órgão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

O Centro de Zoonoses informou que recebe entre 35 e 40 chamados diários para retirada de abelhas em Goiânia, priorizando situações de maior risco à saúde pública, especialmente envolvendo crianças, idosos e pessoas alérgicas. A SMS esclareceu ainda que a remoção é realizada a partir das 13h, devido ao comportamento das abelhas, que durante o período da manhã estão em atividade fora da colmeia, o que pode aumentar o risco de novos ataques.

As abelhas retiradas do abrigo serão levadas para a Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Goiás.

Enquanto isso, o abrigo continua a buscar por Radije e pede que qualquer informação sobre o cachorro seja reportada imediatamente




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