Redação

O Ministério de Minas e Energia anunciou, nesta quarta-feira (16), que não haverá o retorno do horário de verão este ano. Em coletiva de imprensa, o ministro Alexandre Silveira garantiu que o país possui segurança energética e que o nível dos reservatórios está satisfatório. "Temos a segurança energética assegurada e um início de processo de estabelecimento da nossa condição hídrica", afirmou.

De acordo com Silveira, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico se reuniu dez vezes para discutir a viabilidade do horário de verão e, após análise, concluiu que não há necessidade de sua implementação neste verão. "Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para esse verão", declarou o ministro.

O horário de verão foi suspenso em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sob a justificativa de que a medida, que adiantava os relógios em uma hora nos meses com mais luz solar, não trazia benefícios significativos. Até então, a mudança no horário acontecia de novembro a fevereiro.

Opinião pública divide-se sobre o retorno do horário de verão

Embora o governo tenha descartado a volta do horário de verão, uma pesquisa realizada pelo portal Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) indica que a maioria da população é favorável à medida. Entre os três mil entrevistados, 54,9% são a favor do retorno do horário de verão ainda este ano, sendo que 41,8% se dizem totalmente favoráveis e 13,1% parcialmente a favor.

Por outro lado, 25,8% dos entrevistados se mostraram totalmente contrários à implementação, enquanto 17% manifestaram indiferença e 2,2% se declararam parcialmente contra.

O apoio à mudança nos relógios é mais expressivo nas regiões onde o horário de verão era tradicionalmente adotado. No Sul, 60,6% dos entrevistados são a favor, seguidos pelo Sudeste (56,1%) e Centro-Oeste (40,9%). Esses números indicam que, apesar de suspenso há quatro anos, o horário de verão ainda é visto com bons olhos por boa parte da população nessas áreas.