Redação
Um guia turístico foi flagrado interagindo de maneira inusitada com um jacaré em uma pousada localizada no Pantanal mato-grossense, em Poconé, a 104 km de Cuiabá. O vídeo, que repercutiu nas redes sociais nesta segunda-feira (17), mostra o homem abaixado ao lado do animal, passando a mão em seu corpo. O jacaré, aparentemente tranquilo, não esboça reação.
A pousada informou que a área é cercada por animais selvagens, incluindo jacarés, mas garantiu que os turistas que visitam o local não têm contato direto com esses animais.
Para entender os possíveis riscos da interação, conversamos com o médico veterinário especialista em animais silvestres, Jorge Salomão. Segundo ele, caso o guia não tenha uma licença ambiental, a prática pode ser considerada crime ambiental. Além disso, o contato com jacarés pode gerar estresse e até alterar o comportamento natural do animal.
"Aparentemente, esse jacaré está habituado a interações humanas, já que se mostra tranquilo. No entanto, trata-se de um animal selvagem e potencialmente perigoso. Um descuido pode levar a um ataque inesperado", alerta o especialista.
Apesar de o animal parecer inofensivo no vídeo, jacarés são predadores com reflexos rápidos e podem reagir de forma imprevisível caso se sintam ameaçados.
O jacaré-do-pantanal (Caiman yacare) vive principalmente em áreas alagadas e, em terra, apresenta movimentos mais lentos. No entanto, dentro da água, sua força muscular garante grande agilidade, tornando-o um predador eficiente. A espécie pode atingir até 3 metros de comprimento e possui uma mordida extremamente poderosa, além de cauda serrilhada e garras afiadas.
As interações humanas com animais selvagens devem ser evitadas para garantir a segurança tanto das pessoas quanto da fauna local. O caso reforça a necessidade de conscientização sobre o respeito à vida selvagem e a importância de seguir as normas ambientais.
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